sexta-feira, 19 de outubro de 2012

GESTÃO E LIDERANÇA

Chefia e Liderança – Duas faces de uma mesma moeda
                                                           Por Gustavo Sanchez – Professional Coach
Há muito que se estuda e se defende a conjunção entre chefia e liderança como o ápice da gestão contemporânea, mas  ainda existem pontos divergentes que tornam difícil a aplicação simultânea dos conceitos de gestão e liderança,ou como chamo, Gestor Líder. O fator primordial para que o problema persista está na maioria dos casos, porque os chefes(gestores) não conseguem desenvolver ações de organização e comando, ao mesmo tempo que lideram suas equipe, ou o fazem de forma equivocada com o objetivo de tornarem se bem vistos perante suas equipes.
Outro fator diz respeito à visão de um "status quo" onde por mais que o chefe tente modificar as ações e pensamentos dos funcionários a tendência é que eles façam em conformidade com seus valores pessoais e busquem uma contraposição quando não estão sendo monitorados. Este ponto de vista é definido por Tulgan¹ como sendo a epidemia do subgerenciamento, maior desafio para a liderança efetiva, neste sentido o autor afirma que “sempre foi difícil gerencias, os gerentes estão o tempo todo no fogo cruzado entre empregador e empregado, tentando conciliar suas expectativas conflitantes.”
As relações de trabalho definidas a partir da revolução industrial onde os principais aspectos estão na divisão do trabalho e na concentração do poder no capital, as relações se tornaram extremas e difíceis, o excesso de controle e burocracia criaram um grande afastamento e falta de comunicação entre empresa e profissionais. Base da fundamentação administrativa o comando e controle são as mais poderosas ferramentas de organização do trabalho e principal função dos chefes ou gestores até meados de 1965, onde surge a chamada geração X resultado de uma maior abertura política, liberdade social e dos avanços tecnológicos e científicos com a informática como ícone.
Estes profissionais que chegam no mercado de trabalho com a vontade de fazer diferença, criar novas possibilidades e buscar reconhecimento, se deparam com uma cultura completamente divergente. A empresa tentando  investir nas relações de trabalho, motivação, metas e resultados, mas o valores internos pregados pelos mais experientes era que “ninguém fará nada por você, ou seja, se vira sozinho e reze para que ninguém te note ou seus erros, seu crescimento será em função do tempo que conseguir se mantiver no trabalho sem ser notado pela chefia.” (Tulgam,2009),Isto significa que chefes não querem problemas ou se envolver com as atividades de rotina, pois já têm muito trabalho com relatórios, metas, clientes e diretoria, nasce à máxima “manda quem pode e obedece quem tem juízo” neste sentido os funcionários se sentem abandonados e sem referência possibilitando a sua própria percepção e formulação de como executar as atividades, replicando vícios dos colegas mais experientes. É por este fator que a liderança toma força nas empresas, com forma de combate a inércia e descomprometimento. Passa a ser obrigação dos chefes modificarem esses comportamentos. Porém eles próprios não realizaram este processo em primeiro lugar, então como fazer que outros o façam. A resposta foi implantar um sistema de recompensas por “metas” e repreensão por erros e falhas,  sistema este fadado ao fracasso por não fortalecer os vínculos de responsabilidade entre empresa e empregados.
A resposta a este dilema é a formação de uma liderança efetiva, consciente de que mais do que desenvolver seus liderados é preciso primeiro impor uma autoliderança, com propósitos e metas firmados, confiança na competência pessoal e efetivar ações através de Práticas cotidianas. Tendo logrado êxito nestes aspectos o líder terá firmeza de caráter, discurso sólido, ações referenciadas e total colaboração da equipe, por outro lado será também um chefe ou gestor mais efetivo, com sabedoria para ordenar, planejar, controlar e corrigir se necessário for.
Ser um gestor líder é o ponto chave para que o sucesso profissional aconteça com solides, ser um chefe sem medo e um líder com responsabilidade. Existem diversos obstáculos a serem ultrapassados e uma vigilância permanente, só assim os resultados serão obtidos. Pense se você é capaz de enfrentar este desafio, ou então se não esta na hora de buscar uma outra fonte de conhecimento e poder para realizar o processo de transformação em sua profissão. Você empresário, faça uma análise de quanto sua empresa perde com falhas de comunicação e reclamações de clientes por causa de uma chefia ineficiente e insegura, invista na formação de um gestor líder e torne sua empresa mais competitiva, diferenciada e encante seus clientes.
¹TULGAN,  Bruce, Não Tenha Medo de Ser Chefe. Sextante,2009

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